segunda-feira, 25 de junho de 2012

A verdade sobre a Rio + 20

A Rio + 20 é basicamente uma nova cúpula, realizada 20 anos depois da Rio 92, com o fim de discutir propostas em busca de soluções para proteger o meio ambiente. O evento conta com participações dos principais líderes chefe de estados de diversos países e é realizado pelas Nações Unidas. Termos repetitivos como "sustentabilidade" e demais variantes, países emergentes, "BRIC's" entre outros que são modismos modernos para assuntos antigos que remontam problemas que não possuem soluções são usados frequentemente a fim de se passar a ideia de problemas antigos com novas percepções. A verdade é que a Rio + 20 sempre foi um evento carregado de glamour e nenhuma solução definitiva para os problemas do meio ambiente, mas ao menos faz parecer que os líderes mundiais se preocupam com os problemas do planeta. Como era de se esperar além de atrair milhares de olhares logicamente atrai milhares de manifestantes.  Afinal todo foco midiático é um ótimo alvo de manifestações ou formas de chamar atenção. A Rio + 20 é um fracasso total tal qual a Rio 92 e isso é uma realidade conhecida por todos que trabalham para realizar este evento. A questão é a promoção que o evento traz. Muitos até se esforçam realmente em encontrar soluções para os problemas que o meio ambiente vem enfrentando nos últimos anos, mas esquecem de lutar pelos problemas que o meio ambiente vem enfrentando nos últimos dias. Criam novos termos, novas palavras, tornam todos culpados, e convidam os que não querem, os que não podem, os que não são responsáveis pelos problemas a fim de eximir os verdadeiros responsáveis de toda a culpa. O fracasso desta nova cúpula não está no fato das negociações não avançarem nem pelo fato de quem deveria ceder recusar tal tarefa. O fracasso está em tornar o meio ambiente em objeto de negociação. Uma mercadoria que todos devem ter mas ninguém quer comprar, uma conta que estão dispostos a pagar, com o dinheiro que sobrar após ser gasto com as prioridades. Dinheiro este que nunca sobrará.  Se faz mais pelo meio ambiente nas ações diárias das poucas pessoas conscientizadas do que qualquer decisão tomada em alguma cúpula organizada pela ONU. O excesso de burocracia, o excesso de glamour do evento, a perda do foco, que fatalmente acontece fora dos holofotes. Afinal assuntos políticos de outra natureza são os mais discutidos entre os chefes de estados que tem a chance de poder conversar diretamente com outros chefes de estados. Tudo isso contribui para o fracasso avisado do evento.