Hoje em dia, para os que têm vida social, profissional e acadêmica normal, e com isso excetuando os vagabundos da vida, ver televisão é algo que se encaixa em apenas uma classificação, lazer por falta de opção. Isso por que as notícias, o que realmente importa para as pessoas das característcas citadas, vêm pela web, amigos, celular, pda's e etc. Assistir televisão é uma atividade que só acontece concorrente a outra, pois ninguém nas condições mencionadas senta em casa e diz para si mesmo: "vou assistir um pouco de tv!". Acontece que para este público específico algumas coisas têm que se adaptar, mas não se adaptam. Lógicamente por que com toda certeza estas pessoas são para a programação pessoas especiais, não devem contar nas estatísticas. Esta é a única resposta para uma programação tão ruim na tv aberta hoje. Mas como a tv aberta é reconhecidamente ruim o fato mais importante da programação, o que realmente move a programação, alimenta a indústria do entretenimento e está presente em tudo, e na tv que vemos sua essência de forma mais intensa. Os comerciais. Claro que sem eles a tv não seria nada. Mas muitos devem se perguntar: "como eles vendem sendo tão ruins?". Os comerciais da ABAP mostram uma realidade, um pouco distorcida, mas uma realidade. O slogan: "Propaganda, faz a diferença!" deveria ser: "Uma boa propaganda, faz a diferença!".
Se uma propaganda precisa chamar a atenção pra poder vender então dois tipos de propaganda vendem, as muito boas e as muito ruins. Ai está o erro, as propagandas muito ruins não vendem e marcam a empresa ou o produto como sendo de qualidade tão duvidosa quanto a propaganda, ruim demais para ser levado a sério, sem crédito, sem confiabilidade. O pior de tudo é que na cabeça dos marqueteiros elas são um sucesso quando visivelmente não são. Lógico que pela análise fria podem ser sim um sucesso, mas com quem? Se sua propaganda é voltada para pessoas tão sem bom senso quanto sua propaganda nada como antes questionar se estas pessoas são bons consumidores, ou se são consumidores.
Não ia citá-las. Melhor exemplo do que imagens não há:
Péssima trilha sonora, péssimo enredo, péssima história.
A trilha indica que é triste um pai não saber inglês ao tentar traduzir um livro em português para o filho. Para as escolas de idiomas as pessoas normais possuem livros escritos em inglês em casa e traduzem para lerem aos seus filhos. No comercial o pai lê em português, pois traduziu o livro até uma certa parte, no fim o menino lê em inglês mesmo, após estudar com livros da wizard. Oras ele aprendeu? por que não traduziu? os pais se espantam a performance do filho, e realmente eu também me espantaria com a falta de noção na atitude dele. Na verdade falta de noção em todo o comercial. Uma pérola a ser esquecida.
Neste nada a comentar. Só o fato de na camapanha eles demonstrarem a existência de cinemas que exibem filmes no idioma original sem legenda. Mostra a competência do marqueteiro. Tudo se resume no seguinte. As escolas querem que você aprenda inglês, mas não sabem um motivo pra convencer. Motivos há vários para aprender inglês: assistir um filme sem legendas no cinema.
Este é menos pior que os demais, porém tão incompetente quanto as outras no quesito produto a ser vendido. Quem tem um orçamento para contratar o Bruce Willis pode contratar também um bom marqueteiro. Vale lembrar que a CCAA já fez comerciais bons que nem merecem entrar na lista dos piores comerciais. A criatividade os salva, mas só chama atenção para o fato de algumas palavras de um idioma parecem com outras de sentido oposto de outro idioma. Um truque usado para gerar comentários sobre o a campanha, mas não convencem ninguém a se matricular, não pelo comercial em si.
Outro comercial que fora muito citado em algumas mídas sociais, e acho que de tão ruim não se encontra no youtube, é o comercial do Bradesco com Marcelo Adnet, Aline Moraes e Alexandre Borges. O texto é mal escrito. O comercial mal executado. E os nosso personagens ou não aparecem muito ou aparecem com péssimas atuações.
O comercial acima é uma obra de arte dos péssimos comerciais, primeiramente mal direcionado, pois faz alusão ao game Guitar Hero muito conhecido pelos jovens que que gostam de jogos, na qual os carros passando se fazem como os comandos a serem executados pelo jogador na guitarra. No comercial é um Violoncelo, acredito eu. Estes jovens não possuem idade para serem potenciais consumidores, mas tudo bem. A questão é qual o real sentido deste comercial. Se o marqueteiro pensar: "é um sentido que não pode ser percebido assim de cara!". Então o comercial justifica sua baixa qualidade na mentalidade do marqueteiro. A falta de sentido só não consegue afundar totalmente o comercial por conta da música de fundo, que é a música tocada pelo nosso ávido observador de carros em um viaduto. A música é boa, mas infelizmente em um comercial tão ruim a tendência de quem o assiste é julgar tudo como muito ruim, incluíndo o carro. A Fiat já fez bons comerciais, como o do Stilo, sua franqueza direta pode sim ter sido responável por uma boa parte das vendas. E a campanha do novo uno, com raros péssimos filmes. Mas definitivamente este é um comercial tão ruim que odiá-lo não é pecado.
Já o filme acima, diferente do que vem sendo divulgado, é a versão completa. Para os que gostam de afirmar que os marqueteiros são usuários de drogas pesadas este comercial vai engrossar a lista de razões que tentam justificar esta afirmação. De fato o comercial é realmente muito ruim. O sentido de que o carro é selvagem se perde no comercial desde a aparição da miniatura que vive com tigres. O que faz o carro parecer de brinquedo. Aliás para os concorrentes idéias de "contra comerciais" não faltam. A idéia fundamental é que não faz sentido pois o comercial é muito bem executado, bem dirigido, pena que tudo não passa de uma péssima idéia que não se preocupou nem em mostrar algo mais próximo da realidade sobre as características do carro.
Já o Filme da Amanco causa um sentimento muito singular ao assisti-lo. A vontade de mudar de canal. Este não é o comercial que prejudica só o produto, mas também o veículo de comunicação que o divulga. Sinceramente ao assiti-lo por completo percebe-se a idéia que o marqueteiro responsável tem em tornar a Amanco algo a ser idolatrado pelos trabalhadores que utilizam este tipo de material. O comercial só cita informações referentes a utilização do produto na américa latina, informações vagas é claro. O hino, cantado com afinco por profissionais da construção civil, em sua letra, que indica que todos e a Amanco são um time não faz nenhuma citação que potencialmente convença o espectador a utilizar o produto. Aliás dizer em comercial que tal produto é o mais usado é cartão de falta de credibilidade, todos dizem isso, e mesmo que seja não faz sentido querer que o espectador seja um "Maria vai com as outras". Além disso trilha sonora em comercial, que é largamente utilizado nos péssimos comerciais, deve ser muito bem construída. Neste comercial tem-se um bom exemplo de como não se trabalhar com música. A letra, sem alcançar seu objetivo comercial, só torna ainda pior a melodia executada no filme.