Renúncia do Papa

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O Papa, Bento XVI, anunciou que vai renunciar ao cargo no dia 28 de fevereiro. Entre piadas, manchetes, especulações, notícias e informações acerca do assunto uma verdade não pode passar despercebida. Nada vai mudar na igreja católica independente de quem assuma o cargo. Nas altas cúpulas que gerenciam o patrimônio da igreja e ditam novas recomendações em nome da igreja católica como representantes de Deus na terra algo pode mudar, mas em suma nada vai mudar. A igreja católica é uma instituição que perde força e poder ao longos dos anos, e recuperou uma certa influência graças ao poder econômico que acumulou durante anos, nada comparado ao que cada bispo ou pastor de igreja evangélicas acumulam em um ano. Acontece que a igreja católica vem perdendo fiéis e precisa se renovar para recuperá-los e consequentemente poder e influência no mundo. Falar que é meio difícil a igreja católica se renovar e ser mais liberal chega a ser um pouco cômico para um instituição que já queimou bruxas na fogueira, ordenou inquisições pelo mundo, considerou os negros sem alma, e perseguiu e matou inúmero cientistas e pensadores. A resistência as mudanças mais liberais demora um pouco por se esbarrar no orgulho de muitos velhos seguidores e comandatários que ainda impedem um pouco a nova ascensão da igreja. Em meio as acusações de pedofilia e escândalos internos a igreja vai precisar de um papa menos católico e mais jovem para conseguir recuperar a crença na instituição. O mundo nada ganha com isso. A massa multicomandada por inúmeros meios de poder pode voltar e ser guiada novamente, ou sofrer forte influência, com a recuperação da credibilidade da igreja católica que é justamente o que a alta cúpula deseja, influenciar governos, empresas, bancos e tudo mais que for possível. Rever a história da igreja católica é necessário para poder julgar veementemente uma instituição que muito julgou e condenou. Ideal seria não só a renuncia do papa mas a renúncia de toda a igreja!