domingo, 14 de fevereiro de 2016

Corrupção

A corrupção é basicamente uma falha na coesão coletiva de organização social onde a quebra de regras ocorre afim se atender interesses pessoais de cunho exclusivamente privado. A corrupção é uma falha do ser humano e não da sociedade. A sociedade é responsável por coibir, punir e reparar os danos causados pela corrupção, contudo é unica e exclusivamente causada por cada ente corruptível e corruptor. Atribuir a responsabilidade do nível de corrupção geral do país a cada indivíduo que comete um ato danoso a toda uma sociedade não é exagero. Tal qual as decisões que os agentes corruptos tomam, fora ou dentro da esfera administrativa, que deveriam sempre afetar o coletivo de forma positiva, as ações destes indivíduos são sim totalmente responsáveis por colocar uma nação inteira em uma posição de honra no ranking mundial de corrupção. Para combatê-la há duas formas. A utópica em que cada indivíduo é tomado pelo espírito da honestidade, de forma que além de serem realmente honestos, incluindo a conscientização de desonestidade igualmente danosa que existe em roubo de direitos autorias, recebimento de troco errado, utilização de carteirinha falsa de estudante, compartilhamento indevido de assinaturas ou realização gatos nas ligações pagas de serviços. Esse indicativo também resulta no sentimento de cumplicidade de escolha de parlamentares claramente corruptos. não pela certeza, mas pela simples dúvida da sua capacidade de honestidade. Ou se oculta de maneira mais eficiente a corrupção ou talvez seja necessário exercer a profissão pública sem corrupção. A maneira mais realista está não na esperança de transformação do ser humano naturalmente corrupto, mas no reconhecimento de uma sociedade formada por indivíduos hipócritas por serem conscientes de seus atos e que mesmo assim condenam e não aceitam a corrupção em seu governo. A forma inteligente é criar mecanismos mais severos dificultando os poderosos de utilizarem seus poderes administrativos ou influências políticas para satisfazerem seus interesses pessoais ou cometerem crimes, bem como formas mais rígidas de prevenção, e punição às pequenas corrupções do dia-a-dia. As instituições políticas que podem criar tais mecanismos são justamente as maiores fontes atuais de casos midiáticos de corrupção. Desta forma criar tais mecanismos é uma meta quase utópica, uma vez que requer a menor mobilização de entes não corruptos, excetuando até a sociedade na participação de qualquer decisão na regulamentação e aplicação de tais remédios anti corrupção. Para isso sempre há o método de tentativa e erro, onde quanto maior a rotatividade dos indivíduos que dotam desta capacidade, maior a chance na formação do grupo perfeito para realização desta solução, na qual independe de filiação partidária mas sim de convicções pessoais que se alinhem ao desejo de cura de uma sociedade doente e degradada pela corrupção, de poucos que afetam todos, de todos que afetam a si mesmos.


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