quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Caso Líbia e internet

Dentre os mais ativos movimentos que surgem no oriente médio podemos destacar um que merece atenção especial. Não a derrubada de seus líderes ditatoriais, ou pelo menos as tentativas, mas o movimento criado pela internet para arquitetar uma infra-estrutura de informações a respeito dos movimentos sociais que se criam em busca da democracia.
Acontece que sempre que vemos ou ouvimos algo a respeito, à autenticidade das informações se confirmam das mensagens, vídeos e informações vindas diretamente dos locais de conflitos.
Vale lembrar que a internet veio da arpanet, criada com fins militares, que hoje é usada por civis que cultivam os mesmos princípios. Arquitetar ações, angariar colaboradores, e às vezes até disseminar o caos entre todos com fim de dimensionar ainda mais suas ações. Parabéns pelos que usam com o puro propósito de fazer o bem. Também como nos outros casos provenientes do Oriente Médio vale ressaltar que a tentativa de bloquear o serviço foi em vão. Acontece que a internet já não é de mais ninguém, nem nunca será. Quanto ao povo Líbio estão absolutamente corretos em buscar a liberdade. Nenhuma ditadura deve durar, por mais perfeito que seja o regime. E mesmo havendo controvérsias, que são incompreensíveis à nossa cultura democrática ocidental, a luta de um povo que está há 42 anos sobe a égide do mesmo regime é, acima de tudo, já um grande sinal de libertação. Pois em um sistema de governo rígido a única intenção de afrontar o governo são causas a atrocidades normais em um sistema ditatorial.

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